21 de maio de 2009

CENA DO FILME "AMARGO PESADELO" - 1972

"O garoto que toca o banjo não é ator, apenas um autista que residia próximo ao local onde estavam sendo feitas as filmagens.
Quando, por acaso, a equipe parou em um posto de gasolina, aconteceu esta cena marcante do filme, que o diretor Boorman teve a felicidade de encaixar na história.
Repare na expressão do garoto...
No início, triste e pequeno. Mas, à medida que toca seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela até transformar sua expressão em alegria, resgatada graças a um violeiro forasteiro.
O garoto cresce, brilha e exibe o sorriso preso nas dobras de sua deficiência - sorriso maravilhoso que a magia da música traz à superfície.
Após a música, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada nesse filme."
(Material enviado pela amiga Ana Lúcia. Obrigada!)



...sem nome...
sem respostas...
sem nada


Então há mais de um ano eu me alimentava de pequenas coisas...
Um voto de bom dia inesperado
Uma pequena mensagem que fosse
Uma demonstraçao de atraçao física, um raro telefonema...
Há quanta alegria sentia!
Isso era o suficiente para superar a falta de tanto mais que queria receber e ofertar.
Realmente pouco, muito pouco.
No entanto, hoje me deparo com o nada que me enche de fome
Me suga todas as forças.
Ninguém pode esperar que a troca entre as pessoas seja em pesos exatos
De forma alguma
Mas ela só é possível,
por essência, se houver doação de ambos os lados.
E sei que é possível para todo mundo.
Todos nós temos o que ofertar de bom para quem gostamos.
Já senti, em tempos passados, o gosto de sua atenção e carinho.
O quanto é gentil e cuidadoso para com pessoas que lhe são valiosas.
Faço tudo que sei
Naturalmente
Alegremente
Por prazer para tê-lo feliz ... para tê-lo.
Chego a fechar meus olhos na tentativa covarde
(ou pode até ser de muita valentia, quem sabe?)
de não exergar os fatos que silenciosos gritam verdades em meus ouvidos que se figem de mortos.
Agora, diante do eu sozinha neste cenário,
Dilacerada, me resta uma única alternativa
Apagar as luzes.
Luíza Roberta Dias