
23 de fevereiro de 2012

14 de fevereiro de 2012
Sem correção

8 de fevereiro de 2012
7 de dezembro de 2009

MAIS UMA VEZ

Quando ao longe,
não volto mais.
Agora me entristeço,
estou ficando distante.
Como um rio que corre...
Não volto.
Quem foi? Que vento soprou minhas águas?
Que pesadas lutavam...nadavam...
Queriam parar.
O tempo rápido passou...levou.
Contra a correnteza,
contra a natureza
não se tem como lutar.
É frio,
é fogo,
é faro,
é tato,
é fato.
Agora espero que
como água eu ferva...
Evapore...
Chore...
Chova.
E novamente vire rio.
Sinta.
Corra.
Passe.
Chegue.
Viva.
22 de novembro de 2009
PARA HOJE, DOMINGO

E PARA TODOS OS OUTRO DIAS
Senhor, nosso Deus, concedei-nos viver na fidelidade de vosso Espírito de amor e sermos dignos da abundância de vossas bênçãos. Ensinai-nos a dar um colorido de sabedoria à nossa vida: este é o convite que nos fazeis com palavras fortes e dificeis de aceitar. Doce é a noite, se estais vizinho a nós, alegre é a manhã quando voltamos a encontrar-vos. Queremos cantar toda a nossa alegria de vivermos junto a vós. Muito agradecemos a sabemos que nada nos falta quando em vós confiamos. Senhor, luz de nossa mente, agradecemos por todas as dores que suportamos, por todas as lágrimas que derramamos, por todas as alegrias que não nos negastes. Onde nasce amor, sois a fonte; onde há uma cruz, sois a esperança; onde o tempo termina, vós sois a vida eterna. Amém.
Frei Luiz Henrique F. de Aquino
21 de novembro de 2009
ord rod

muita
muda no peito
cheio de alma
sem calma dispara
aumenta com a música
a Coca-Cola não tomada
os planos desfeitos
as viagens cheias de bagagem, uma página arrancada
o sorvete escolhido foi de tapioca
dentre tantos mimos por fazer
para quê?
escolhi as velas
os aromas
lembro-me a todo tempo
remendos
acho que nem eles servem mais
e passa para a cabeça
toma conta do corpo todo
um misto de frio e fome
e assim não sobra nada
nem corpo...
nem alma...
Se não tens nada de bom para passar, cala-te
profana
Infame
Esconde-te
Não tens carinho a dar
Nada de bom para ofertar
Um aviso importante que seja a fazer
Guarda-te
Não corre
Não espalha-te ao vento
Não perambula
Não cause descontento
Palavra não pura
Insana
Doidivana
Leviana
Palavra maldita
Cuidado
Analisa
Melhor não ser dita
14 de junho de 2009
?

Em tempo
De quanto tempo você precisa?
Pode ser o tempo de um olhar
De um piscar
O tempo de um sonho acordado
De um abraço bem dado
O tempo de uma infância
Pode ser mais que uma vida
Pode ser o tempo apenas para se cruzar numa esquina
De dar a volta ao mundo
Pode ser o tempo de uma risada
Pode ser o tempo de uma viagem
Pode ser o tempo para sentir-se saudade
Pode ser 24 horas
Pode ser até o tempo que se passa apressado
Pode ser o tempo gasto no trajeto de uma lágrima
Pode ser um tempo nublado
Pode ser um tempo de desatenção ou de alerta total
Pode ser o tempo para se fazer um filho
Pode ser o tempo de comer um pão
De se lavar um chão
Pode ser o tempo para se preparar o almoço
Um tempo de dedicação
O tempo de pronunciar a palavra certa
O tempo para se ouvir
O tempo para perdermos a vergonha
Talvez o tempo que gastamos para esquecermos do tempo
O tempo que nos permitimos
O tempo que somos
Em tempo.
POR FAVOR, NÃO CORRA
PRESTE ATENÇÃO!
Você tem cuidado do seu tempo?
Das distancias na sua vida?
Da sua velocidade?
Isso importa para você?
vídeo enviado por meu amigo Salomão. Obrigada!
...

12 de junho de 2009
Dia Mundial contra o Trabalho Infantil 12 de Junho

O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil comemora-se todos os anos a 12 de Junho, e tem como objectivo a conjugação de esforços do movimento global para eliminar o trabalho infantil. Destaca os perigos e os riscos que muitas crianças trabalhadoras enfrentam ainda muito jovens e as políticas necessárias para lutar contra o trabalho infantil.
Este ano, o dia mundial marca o décimo aniversário da adopção da importante Convenção (nº 182) da OIT, que responde à necessidade de agir para erradicar as piores formas de trabalho infantil. Enquanto celebramos o progresso realizado nos últimos dez anos, no dia mundial a OIT irá realçar os desafios actuais, com um foco na exploração das meninas no trabalho infantil.
Em 2009 a OIT espera um Dia Mundial apoiado de forma abrangente pelos governos, pelas organizações de empregadores e de trabalhadores, pelas agências das Nações Unidas e por todas as pessoas interessadas na luta contra o trabalho infantil e a promoção dos direitos das meninas. Para saber mais, consulte:
- Dê uma oportunidade às meninas – Brochura »
AO NAMORADO

Amo-te
Amo-te como a planta que não floriu
e em dentro de si, escondida,
a luz das flores, e,
graças ao teu amor, vive obscuro
em meu corpo o denso aroma
que subiu da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando,
nem onde,
amo-te diretamente sem problemas
nem orgulho:
Amo-te assim porque não sei amar
de outra maneira,
A não ser este modo em que nem eu sou
nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham
com meu sono.
30 de maio de 2009
PARA MASCARAR O AMARGO

iria mergulhar numa guerra civil,
o sultão chamou um dos seus melhores videntes,
e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
-“Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante
para ver todos os seus filhos mortos”.
Num acesso de fúria,
o sultão mandou imediatamente enforcar
aquele que proferira palavras tão aterradoras.
Então, a guerra civil era realmente uma ameaça!
Desesperado, chamou um segundo vidente.
-“Quanto tempo viverei”? – perguntou,
procurando saber se ainda seria capaz
de controlar uma situação potencialmente explosiva.
-“Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa,
que ultrapassará a geração dos seus filhos,
e chegará a geração dos seus netos”.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo
com ouro e prata.
Ao sair do palácio, um conselheiro
comentou com o vidente:
-Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior.
Entretanto, o primeiro foi executado,
e você recebeu recompensas. Por quê?
-Porque o segredo não está no que você diz,
mas na maneira como diz.
Sempre que precisar disparar a flecha da verdade,
não esqueça de antes molhar sua ponta
num vaso de mel.
29 de maio de 2009
TEXTO QUE GANHEI DE MINHA AMIGA QUE FAZ ANIVERSÁRIO HOJE: PARABÉNS LILI !

O que é um lugar?
Uma mesa?
Um copo sobre ela?
Palavras...
Sonhos desfeitos
Refeitos
Desejos
Anseios...
O que é isso?
Que magia se abriga, se acomoda aqui.
Entre nós, entre nós e as estrelas, entre nós e o universo?
O que é um espaço?
Nada.
Não é nada além do que somos
Do que sentimos...
Do que nos entregamos e do que musicalmente imaginamos ser
Somos vida e esperança.
Isso é mais do que aqui encontramos.
Aqui somos nós!
Te amo Beta!!!
Liliana Miranda (26/08/07 – Toca da Joana)
28 de maio de 2009
27 de maio de 2009
A PARTIR DE AMANHÃ JÁ TEREMOS ACABADO DE PAGAR NOSSA CARGA TRIBUTÁRIA DE 2009

AINDA TEMOS 7 MESES E ALGUNS DIAS
26 de maio de 2009
TIO DEDA (Beto Kaiser)
MENSAGEIRO DO VENTO
São notas que embalam os pensamentos
Trazem notícias de dentro de nós mesmos
Tanta harmonia que nos faz voar com(o) o vento
Quando não, nos paralisa só para quietos escutarmos sua mensagem ...
Sentir esse vento tocar no rosto
Assanhar tudo...
E sem nem nos mexermos
nada mais tá no lugar.
Sabe-se lá o que nos conta...
Para onde vai nos levar.
Luíza Roberta Dias
25 de maio de 2009

BRISACATAVENTO
24 de maio de 2009
Que boa descoberta!

Sonhar acordado ajuda a resolver problemas, diz estudo
24 de Maio - Dia de Nossa Senhora Auxiliadora

(Composta por São João Bosco)
Ó Maria, Virgem poderosa,
23 de maio de 2009
"Não sou um tipo de pessoa clichê e não me encaixo em categorias"

"Candidata" a primeira-dama personifica a voz reformista no Irã
Há quatro candidatos para a eleição presidencial no Irã - todos homens -, mas a pessoa que surgiu como mais intrigante na campanha até agora é uma mulher: a esposa de Mir-Hossein Moussavi, o candidato reformista.
O conceito de primeira-dama não existe no Irã desde que a revolução de 1979 pôs fim ao papel cerimonial ocupado pela última rainha, Farah.
Desde então os presidentes do Irã evitaram amplamente aparições públicas com suas mulheres.Mas Zahra Rahnavard está decidida a mudar isso se seu marido for eleito depois da votação de 12 de junho.
Ela já deixou de lado anos de tradição para fazer campanha e acompanhar Moussavi, que foi primeiro-ministro entre 1981 e 1989, nos comícios eleitorais. Ela ainda não entrou em conflito com o establishment clerical conservador, cujas tradições ignora. Mas analistas indicam que até agora as pesquisas de opinião oficiosas colocam Mahmoud Ahmadinejad, o presidente fundamentalista, como provável vencedor de um segundo mandato. Se as porcentagens de Moussavi aumentarem, a mãe de três filhos poderá ter seu papel mais examinado.
Moussavi chocou muita gente - incluindo outros candidatos reformistas - quando decidiu desafiar Ahmadinejad para a presidência.
Depois de seu mandato como primeiro-ministro na década de 1980, ele desapareceu da política e se tornou pintor, surgindo apenas este ano para contestar a atuação econômica do governo, muito criticada, e fazer campanha por maior justiça social. Esse exílio político auto-imposto significa que Moussavi é um virtual desconhecido para os jovens que formam a maioria da população iraniana, de 70 milhões.
Sua mulher, que é escultora e escritora, porém, é um potencial modelo para os jovens e as mulheres. Unindo-se a Moussavi na campanha em Teerã e outras cidades - às vezes de mãos dadas -, Rahnavard é cada vez mais vista, até por alguns campos rivais, como um verdadeiro trunfo do candidato. Em uma recente reunião política ela foi cumprimentada com a mesma aclamação que seu marido e o ex-presidente reformista Mohamed Khatami receberam.
Rahnavard diz que a decisão de seu marido de disputar a presidência foi impelida por um "compromisso com a prosperidade da população"."Moussavi e eu nos dirigimos a toda a nação iraniana e em particular às mulheres, aos jovens e estudantes", ela diz. "Nossas mensagens aos iranianos durante os comícios são [encorajar] a liberdade de pensamentos, abrir o ambiente [político], estabelecer uma economia sólida, aumentar a participação do público... eliminar a discriminação contra as mulheres, criar oportunidades de emprego... e ajudar os jovens a pensar livremente."A mulher de Ahmadinejad dirige um colégio em Teerã, mas raramente ou nunca é vista com seu marido em público. Mas Rahnavard acredita que seu próprio envolvimento na campanha já teve um impacto significativo nas atitudes de outros candidatos - incluindo Mohsen Rezaei, o ex-comandante da Guarda Revolucionária -, que começam a envolver suas mulheres.
Vestida em um chador preto da cabeça aos pés, ela é franca sobre seu passado antes da revolução, quando não usava o hijab ou véu islâmico, mas se vestia em um estilo mais ocidental. Alguns temeram que isso pudesse ser usado contra a campanha de Moussavi se truques sujos fossem adotados. Mas até agora não aconteceu.
Ela insiste que, assim como sua arte - em que mistura modernismo com elementos mais tradicionais para produzir centenas de pinturas expressionistas e abstratas e esculturas feitas de pedra, vidro, madeira, ferro e bronze -, ela não deve ser classificada."Não sou um tipo de pessoa clichê e não me encaixo em categorias", ela diz.
Se seu marido se tornar presidente Rahnavard admite que a vida que a família levou nos últimos 20 anos será transformada. "O que eu estou vivendo hoje [a campanha] é caótico e contraria minha vida artística, que precisa de delicadeza e beleza", ela diz. No entanto, ela é determinada: "Moussavi e eu entramos em cena para superar os fracassos [políticos e econômicos]".
Fonte: Financial Times - Najmeh Bozorgmehr
Tradução Luiz Roberto Mendes Gonçalves (uol notícias)
22 de maio de 2009
"O cantor e compositor Zé Rodrix, de 61 anos, morreu vítima de parada cardíaca na madrugada desta sexta-feira em São Paulo. Ele estava em casa com a família quando passou mal e foi levado às pressas para o Hospital das Clínicas, onde morreu às 0h45. A causa da morte ainda não foi informada.O artista é autor da música "Casa no Campo", gravado por Elis Regina, e "Soy latino americano". Ele integrou o trio Sá, Rodrix & Guarabyra, que foi expoente do rock rural nos anos 70. O cantor e compositor também tocou com Tavito e com a banda Joelho de Porco.Rodrix, cujo nome de batismo é José Rodrigues Trindade, apareceu para o grande público em 1967, em um festival da Record. Nas décadas de 80 e 90, Rodrix abandonou a carreira musical para se dedicar à publicidade.Em 2001, voltou a se reunir com os companheiros Sá e Guarabira para uma apresentação do "Rock in Rio". No mesmo ano, o trio lançou um DVD ao vivo, reunindo seus maiores sucessos: "Sá, Rodrix & Guarabyra: Outra Vez Na Estrada - Ao Vivo".Zé Rodrix deixa mulher, seis filhos e dois netos."

21 de maio de 2009
"O garoto que toca o banjo não é ator, apenas um autista que residia próximo ao local onde estavam sendo feitas as filmagens.
Quando, por acaso, a equipe parou em um posto de gasolina, aconteceu esta cena marcante do filme, que o diretor Boorman teve a felicidade de encaixar na história.
Repare na expressão do garoto...
No início, triste e pequeno. Mas, à medida que toca seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela até transformar sua expressão em alegria, resgatada graças a um violeiro forasteiro.
O garoto cresce, brilha e exibe o sorriso preso nas dobras de sua deficiência - sorriso maravilhoso que a magia da música traz à superfície.
Após a música, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada nesse filme."

20 de maio de 2009

18 de maio de 2009
Gentileza, uma proposta de vida.

NUVENS DO PROFETA GENTILEZA
Miguel Falabella
Música nos atira para o ar de repente, sem aviso. É isso. Rouba o chão e estende um tapete de nuvens no lugar. Ella Fitzgerald fez isso, esta manhã, quando eu dirigia pela enseada de Botafogo, achando linda a minha cidade, imaginando o que será dela num futuro que eu não verei. Um futuro distante, quando arqueólogos importantes recuperarão parte dos grandes blocos de concreto com as inscrições do profeta Gentileza, aquelas mesmas que me acostumei a ler e reler nas idas e vindas da Ilha. A beleza gráfica das letras e a composição de suas profecias, de suas palavras de amor. E simplesmente apagaram tudo. Não tiveram sequer o bom senso de perguntar a nós, moradores da cidade, para quem as palavras eram dirigidas. Junto com as palavras de Gentileza, afogados na tinta do poder, vão-se pedaços das minhas viagens e dos meus sonhos, sacolejando nos ônibus, o olhar perdido na feia paisagem da Avenida Brasil, os olhos adolescentes projetando seus sonhos no comprido muro do cemitério do Caju. Tudo apagado. Por um tempo, talvez. Quem sabe, por esses misteriosos descaminhos, aquelas não sejam tábuas de uma grande religião do futuro, preservadas sob a tinta que um dia quis destruí-las. Sei lá, pode ser que aconteça. E pode ser também que tudo desapareça num tapete de nuvens. Mas prefiro acreditar nos mistérios que a vida volta e meia oferece.
Enfim, lembrei da obra de Gentileza e do belo enredo de Joãosinho Trinta e fui colocar o samba da escola para sacudir a manhã, quando deu-se a melódia. Ella começou a cantar e meu corpo cansado parou, enquanto a alma, cheia das alegrias da noite de batuque, virou de cabeça para baixo e, de repente, eu voando nos ares da harmonia, imaginei que nossas existências são desfiles, com grandes carros alegóricos, um para cada evento importante do nosso enredo. E o dia foi passando com mais vagar pela janela, até a brisa segurou a respiração para que alguns dos carros mais delicados passassem pela avenida à beira mar. Congelou-se a imagem daquele momento, a fotografia para sempre guardada nos anais do tempo.
E, na cabeça, eu ia repassando algumas das mensagens que recebi por causa da tal revisita a um dia escolhido, que eu propus na última crônica. Como de hábito, meus leitores se inspiraram e eu tenho recebido poesia de toda parte, pedaços de lembrança, retalhos de vidas, que de alguma forma tento costurar para dar sentido à minha. O nosso patchwork particular. As lembranças de vocês iam se desenrolando na minha cabeça, um grande desfile, carros passando em câmera lenta, Ella cantando ao fundo e o Rio de Janeiro abrindo as cortinas do dia e deixando o sol entrar. Foi assim, esta manhã.
Dormi quase o dia inteiro, um sono picado, besta, de quem parece que tem medo de sonhar. Acordando toda hora, achando que ainda não tinha descansado o bastante, e volta e meia lembrando de um relato, de uma lembrança de alguém, que de longe me ajuda, agora, a escrever esta crônica. Não consegui dormir direito, no final das contas, enquanto o dia corria célere lá fora, ao encontro das luzes do segundo dia. Fiquei zanzando pela casa vazia e acabei sentado no computador, recebendo novas mensagens, mais corações rebentando em flor e gente que fala bonito e pensa bonito e eu vou lendo como quem se ilustra. Acabei marcando todas as mensagens que vocês me enviaram e quero ver se consigo realmente fazer uma crônica que seja uma colcha dos retalhos de todos os nossos corações urbanos (ou, pelo menos, os desses encontros às quintas-feiras). Não sei ainda de que jeito, mas uma hora, assim como quem não quer nada, eu me inspiro.
E, já que todos confessaram tão despudoramente suas preferências, sinto-me na obrigação de compartilhar igualmente meus segredos, de modo que, muito aqui entre nós, se me dado fosse este direito, o dia que revisitaria seria aquele mais comum, um dia de semana qualquer. Nada especial. Apenas um brilho verde nos olhos, um meio sorriso no canto da boca e uma promessa de amor no ar. Esse dia seria o revisitado.
Se me dado fosse esse direito
17 de maio de 2009
Cataventos
Dorme, ruazinha...
Não há nada...
Só os meus passos.
Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os de minha futura assombração...
(Trecho do livro A Rua de Cataventos - Mário Quintana)